segunda-feira, 18 de setembro de 2017

SINDROME DE DOWN EM ESCOLAR REGULAR, SONHO OU REALIDADE.

Roberta Laressa da Silva, RU 1877884
Polo – Paranavaí

Data -15/09/2017

Fonte: Circuito Mato Grosso

A escola regular Joaquim Jose da Silva Xavier, de uma pequena cidade no interior do estado de São Paulo vem despertando a curiosidade da secretaria de educação estadual, pelo trabalho desenvolvido no processo de alfabetização com aluno Joao Carlos da Silva, que é portador da trissomia do cromossomo 21. Que tem sua causa ligada a presença de três cromossomos do número 21, então ao invés de ter 46 cromossomos, essa pessoa tem 47, essa condição não é uma doença e tão pouco tem a ver com o comportamento dos pais.
Esse processo ocorre durante a fecundação, até hoje não foi possível explicar cientificamente, porque o óvulo ou o espermatozoide apresentam 24 cromossomos ao invés de 23, como é o normal, dando assim a ocorrência genética da Síndrome de Down.
Uma vez, que leva esse nome em homenagem ao médico britânico John Langdom Down, que em 1862, relatou pela primeira vez esse distúrbio, condição esta que gera déficits no desenvolvimento intelectual e físico, segundo o Instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE), no senso de 2010, estimou que por volta de 45 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência física ou mental, e desses, cerca de 300 mil tenham a Síndrome de Down.
Assim como, a alguns anos atrás essas pessoas eram isoladas do convívio social muitas vezes até no âmbito familiar, porém esse cenário vem mudando, hoje um portador de Down pode levar uma vida autônoma, trabalhar, estudar, constituir família, como um outro ser humano qualquer, o que ele tem é uma especificidade, que não altera sua capacidade e necessidade de amar, sentir, apreender e de se descobrir.
Ainda mais com os avanços das ciências que a cada dia nos surpreende com a alta tecnologia e inovações, como inteligência artificial, supercomputadores, games de altas resoluções gráficas, robôs que se parecem cada vez mais reais.
Juntamente com tudo isso nos deparamos com pessoas que fazem, o uso desta tecnologia para a inclusão escolar, como foi caso de jovens recém-formados na escola técnica estadual (ETEC), de Franco da Rocha -SP, que utilizaram dessa tecnologia para criarem o PlayDown. Inopinadamente o aplicativo que ajuda no desenvolvimento do raciocínio logico e no autodomínio, em crianças portadoras de Down, essa ferramenta é composta por figuras, sons, animais, cores, letras, números e formas geométricas, tornando assim um atrativo a mais para os educandos. Sendo assim um auxílio para os professores, pois é de fácil acesso e disponível para tabletes com sistemas de androide, trazendo uma linguagem simples, objetiva e clara.
Inclusive ações como essas estão se tornando cada vez mais frequentes, o uso da tecnologia como principal ferramenta para a inserção de crianças, jovens e adultos, em escolas regulares. Essa integração que até pouco tempo atrás não ocorria é de suma importância para que barreiras sejam quebradas, pois é vantajosa a todos, desta forma uma sala de aula inclusiva traz para o dia-a-dia das crianças, as diversidades e singularidades de cada uma, fazendo com que ao conviver com as heterogeneidades se tornem receptivas as diferenças, afirma a equipe pedagógica do colégio Tiradentes.
 Sendo assim necessário que a escola se adequassem para receber o João Carlos, as mudanças ocorreram desde o projeto político pedagógico, aos professores que foram preparados, através de palestras minicursos, contanto também com o apoio de um terapeuta ocupacional e material pedagógico para leitura, já com as crianças o processo é realizado continuamente.
O João Carlos conta com uma professora exclusiva, que juntamente com a professora responsável pela classe, decidem qual a melhor forma do conteúdo ser passado para ele, a equipe pedagógica da escola afirma que essa iniciativa vem dando certo, e os resultados são acima dos esperados, por toda a equipe. Com toda certeza fica então de exemplo para todas as escolas não só do estado, que a inclusão é possível sim, e, ela é o caminho a seguir para construímos uma sociedade mais junta e igualitária.

Um comentário:

Uninter Licenciaturas Paranavaí disse...

Muito bom Roberta. Parabéns pelo empenho!