Lucilene Soares de Oliveira RU:1798550
Polo – Paranavaí - Pr
Data:15/09/2017
Com o avanço da tecnologia cada vez mais vem ocorrendo a
inclusão de deficientes visuais na escola regular. A informática está sendo
adaptada para os deficientes visuais, através de softwares e programas
desenvolvidos especificamente para atender a demanda deste público, estas
ferramentas facilitam o aprendizado e a inclusão dos deficientes visuais.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)
2008/2009, há no Brasil mais de 55 mil alunos com deficiência visual. Deste
total, 51.311 possui uma visão baixa e 4.604 são cegos. O acesso dos
deficientes visuais a estes softwares e programas é de suma importância para
que possam socializar com o mundo que o cerca.
Tendo em vista o momento que estamos vivendo no qual as
pessoas com deficiência visual buscam pelos seus direitos e a inserção na
escola regular. Neste sentido, as escolas e as universidade estão se adaptando
para atender os alunos especiais. É garantido por lei o acesso à educação
especial, mas quando o deficiente visual chega no ensino regular precisa de
material adequado e profissionais capacitados para atender a demanda, mas nem
sempre os deficientes tem local adaptado. Desta forma os professores preparam o
material das aulas e utilizam dos recursos tecnológicos, para tornar as aulas
acessível aos alunos especiais.Segundo
CAT (2007, p. 4), dizem respeito à “pesquisa, fabricação, uso de equipamentos,
recursos ou estratégias utilizadas para potencializar as habilidades funcionais
das pessoas com deficiência”, e, consequentemente, propiciar a valorização,
integração e inclusão dessas pessoas, promovendo seus direitos humanos.
A tecnologia assistida tem proporcionado ao deficiente visual
maior autonomia, os softwares, como por exemplo,Macdaisy,Jaws, Dosvox, NVDA, Orca e Virtual Vision são softwares
leitores de tela que auxiliam no processo ensino aprendizagem dos alunos
deficientes. Um software que está sendo utilizado é o Virtual Vision, por ser
de origem brasileira tem uma melhor narrativa em português, facilitando assim o
acesso aos deficientes visuais. Vale ressaltar, que estes softwares
proporcionam ao deficiente visual maior acessibilidade e autonomia para
utilizar os programas office, a internet e outros aplicativos utilizando um
sintetizador de voz.
“Depoimento
de Adriana Garcia Rocha, 39 anos, que conhece bem esses programas. Aos 20 anos
perdeu a visão e nem por isso parou de estudar. Procurou o Centro de Apoio
Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e deu
prosseguimento à sua formação. Hoje é professora de História, com pós em Cultura
Afro-Brasileira. “O DOSVOX e o JAWS foram fundamentais para o acompanhamento
dos conteúdos em sala de aula. Não sei o que seria da minha vida sem o acesso à
informática que tive etenho a partir desses softwares. Conquistei mais
autonomia e independência com eles.”
Uma
política pública desenvolvida pelo Ministério da Educação, em parceria com os
Estados, Municípios e Distrito Federal tem como meta a implantação de salas de
Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com
deficiência visual. Estas políticas têm como objetivo promover acessibilidade
aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Neste sentido, o Mec
disponibiliza equipamentos e materiais didáticos para compor as salas de
recursos no atendimento educacional especializado. O material é utilizado como
complemento na escolarização nas escolas da rede pública.
Infelizmente, no Brasil ainda há poucas escolas adaptadas
para os deficientes visuais, devido ao alto custo, à dificuldade de implantação,
manutenção destas tecnologias e o público alvo ainda ser minoria. Algumas
escolas vêm se adaptando e proporcionando aos deficientes visuais, laboratório
de informática com leitores de telas, os quais são utilizados em algumas
disciplinas como Química, Geografia, História, Português e algumas atividades
extracurriculares. Estas tecnologias são utilizadas por alunos do Ensino
fundamental (5º a 9º ano) e Ensino Médio.
Nesse processo de construção do conhecimento o professor
tem um papel fundamental, pois irá proporcionar ao deficiente visual uma maior
independência, autonomia e inclusão social. Portanto para que haja a inclusão e
promova a acessibilidade é incluir os diferentes e diminuir as deficiências
sociais. A tecnologia assistida tem como meio oferecer novas formas de aprendizado,
desenvolvimento e se for bem aplicada e aliada ao projeto pedagógico, com
certeza os alunos terão bons rendimentos escolares.
Promover a acessibilidade não é uma tarefa fácil, mas a
pessoa com deficiência visual tem que ser co-partícipe na utilização do uso do
computador. “Neste processo
de sistematização do conhecimento, o professor tem função fundamental, pois se
torna o intermediador, desafiador e encorajador do estudante através de
estratégias pedagógicas que busquem analisar determinadas situações e
melhorá-las, adaptando os pressupostos teóricos à sua própria realidade e
reorientando-se em função dos dados que tal realidade lhe oferece. Essa
concepção de Educação como formação humana que se dá em uma pluralidade de
espaços sociais amplia a visão dos processos educativos e consequentemente
alarga o leque dos educadores” (RODRIGUES, 2006, p.176).
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