segunda-feira, 18 de setembro de 2017

TECNOLOGIA ASSISTIDA ACESSIBILIDADE INCLUSIVA AOS DEFICIENTES VISUAIS

Lucilene Soares de Oliveira RU:1798550
Polo – Paranavaí - Pr

Data:15/09/2017

 Fonte:http://www.sudotech.com.br/2017/08/tecnologia-assistiva-escolas-que-veem-o.html

Com o avanço da tecnologia cada vez mais vem ocorrendo a inclusão de deficientes visuais na escola regular. A informática está sendo adaptada para os deficientes visuais, através de softwares e programas desenvolvidos especificamente para atender a demanda deste público, estas ferramentas facilitam o aprendizado e a inclusão dos deficientes visuais. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) 2008/2009, há no Brasil mais de 55 mil alunos com deficiência visual. Deste total, 51.311 possui uma visão baixa e 4.604 são cegos. O acesso dos deficientes visuais a estes softwares e programas é de suma importância para que possam socializar com o mundo que o cerca.
Tendo em vista o momento que estamos vivendo no qual as pessoas com deficiência visual buscam pelos seus direitos e a inserção na escola regular. Neste sentido, as escolas e as universidade estão se adaptando para atender os alunos especiais. É garantido por lei o acesso à educação especial, mas quando o deficiente visual chega no ensino regular precisa de material adequado e profissionais capacitados para atender a demanda, mas nem sempre os deficientes tem local adaptado. Desta forma os professores preparam o material das aulas e utilizam dos recursos tecnológicos, para tornar as aulas acessível aos alunos especiais.Segundo CAT (2007, p. 4), dizem respeito à “pesquisa, fabricação, uso de equipamentos, recursos ou estratégias utilizadas para potencializar as habilidades funcionais das pessoas com deficiência”, e, consequentemente, propiciar a valorização, integração e inclusão dessas pessoas, promovendo seus direitos humanos.
A tecnologia assistida tem proporcionado ao deficiente visual maior autonomia, os softwares, como por exemplo,Macdaisy,Jaws, Dosvox, NVDA, Orca e Virtual Vision são softwares leitores de tela que auxiliam no processo ensino aprendizagem dos alunos deficientes. Um software que está sendo utilizado é o Virtual Vision, por ser de origem brasileira tem uma melhor narrativa em português, facilitando assim o acesso aos deficientes visuais. Vale ressaltar, que estes softwares proporcionam ao deficiente visual maior acessibilidade e autonomia para utilizar os programas office, a internet e outros aplicativos utilizando um sintetizador de voz.
“Depoimento de Adriana Garcia Rocha, 39 anos, que conhece bem esses programas. Aos 20 anos perdeu a visão e nem por isso parou de estudar. Procurou o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e deu prosseguimento à sua formação. Hoje é professora de História, com pós em Cultura Afro-Brasileira. “O DOSVOX e o JAWS foram fundamentais para o acompanhamento dos conteúdos em sala de aula. Não sei o que seria da minha vida sem o acesso à informática que tive etenho a partir desses softwares. Conquistei mais autonomia e independência com eles.”
Uma política pública desenvolvida pelo Ministério da Educação, em parceria com os Estados, Municípios e Distrito Federal tem como meta a implantação de salas de Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com deficiência visual. Estas políticas têm como objetivo promover acessibilidade aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Neste sentido, o Mec disponibiliza equipamentos e materiais didáticos para compor as salas de recursos no atendimento educacional especializado. O material é utilizado como complemento na escolarização nas escolas da rede pública.
Infelizmente, no Brasil ainda há poucas escolas adaptadas para os deficientes visuais, devido ao alto custo, à dificuldade de implantação, manutenção destas tecnologias e o público alvo ainda ser minoria. Algumas escolas vêm se adaptando e proporcionando aos deficientes visuais, laboratório de informática com leitores de telas, os quais são utilizados em algumas disciplinas como Química, Geografia, História, Português e algumas atividades extracurriculares. Estas tecnologias são utilizadas por alunos do Ensino fundamental (5º a 9º ano) e Ensino Médio.
Nesse processo de construção do conhecimento o professor tem um papel fundamental, pois irá proporcionar ao deficiente visual uma maior independência, autonomia e inclusão social. Portanto para que haja a inclusão e promova a acessibilidade é incluir os diferentes e diminuir as deficiências sociais. A tecnologia assistida tem como meio oferecer novas formas de aprendizado, desenvolvimento e se for bem aplicada e aliada ao projeto pedagógico, com certeza os alunos terão bons rendimentos escolares.
Promover a acessibilidade não é uma tarefa fácil, mas a pessoa com deficiência visual tem que ser co-partícipe na utilização do uso do computador. “Neste processo de sistematização do conhecimento, o professor tem função fundamental, pois se torna o intermediador, desafiador e encorajador do estudante através de estratégias pedagógicas que busquem analisar determinadas situações e melhorá-las, adaptando os pressupostos teóricos à sua própria realidade e reorientando-se em função dos dados que tal realidade lhe oferece. Essa concepção de Educação como formação humana que se dá em uma pluralidade de espaços sociais amplia a visão dos processos educativos e consequentemente alarga o leque dos educadores” (RODRIGUES, 2006, p.176).

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